Festival de Inverno Bahia completa 18 anos ─ Foto: Will Assunção/WA
Como repórter com 16 anos de carreira — e tendo coberto o festival por cinco deles —, voltei após quase uma década para cobrir a 18ª edição do FIB na cidade onde atuo como correspondente: Vitória da Conquista.
Will Assunção e Breno Santana, escalados como correspondentes para cobertura do FIB 2024 ─ Foto: Divulgação
Expectativa, filas e tumulto
Ainda nas primeiras horas da sexta-feira (23), antes mesmo de Nando Reis subir ao palco com o duo AnaVitória, filas intermináveis se formavam no entorno do Parque Teopompo de Almeida, contornando-o por toda parte. Os acessos à pista, ao camarote e até às áreas reservadas para credenciados — inclusive jornalistas — enfrentaram tumultos e lentidão. Num momento tenso, parte do público, ainda do lado de fora, reagiu com vaias ao ouvir a voz de Nando no palco: o desespero de quem não conseguia entrar pareceu contagiar até quem já estava próximo ao palco.
Filas quilométricas se formam do lado de fora do Parque Teopompo de Almeida ─ Foto: Will Assunção/WA
No palco, o cantor reviveu sua paixão por Cássia Eller com “All Star”, e a plateia respondeu com fervor.
Já na sala de imprensa, percebi o quanto o evento havia evoluído desde minha última cobertura, em 2015. O local antes conhecido como “QG da imprensa regional” agora oferecia mais conforto, organização e diálogo com os assessores.
Nando Reis se apresenta com o duo AnaVitória ─ Foto: Will Assunção/WA
Noites de som, presença e histórias
Na madrugada, Xand Avião — que fazia sua estreia no FIB — trouxe energia ao palco principal. Embora eu desconhecesse o artista até então, percebi que sua apresentação reacendeu, nos bastidores, as expectativas de um possível retorno aos palcos com Solange Almeida.
No segundo dia, Samuel Rosa revisitou clássicos e apresentou faixas de sua carreira solo. Para o público — e para mim —, foi um momento de suspensão no tempo: canções como “Balada do Amor Inabalável” conduziram muitos aos inesquecíveis anos 2000.
Xand Avião se apresenta no FIB 2024 ─ Foto: Will Assunção/WA
A dupla Maiara e Maraisa emocionou o público ao homenagear Marília Mendonça com “Todo Mundo Menos Você” e “Quero Você do Jeito que Quiser”, evocando memória e cumplicidade.
O grupo de pagode Menos é Mais, original de São Paulo, anunciou um projeto dividido em duas partes para a gravação de Churrasquinho 3 — uma em Brasília e outra em Salvador. O ritmo contagiante foi capaz de fazer esquecer o frio e a fome, mesmo entre os mais exaustos. Depois do show, retirei-me para a sala de imprensa a fim de repor as energias e trocar impressões com colegas.
Samuel Rosa se apresenta no FIB 2024 ─ Foto: Will Assunção/WA
O espaço dedicado à imprensa, neste ano, ofereceu mais conforto do que o observado até mesmo no Festival de Verão, em Salvador. A assessoria tratou os repórteres com atenção exemplar: dúvidas solucionadas, solicitações atendidas e uma postura verdadeiramente colaborativa. Nem tudo, porém, foi perfeito — o fosso reservado à imprensa foi invadido por curiosos, convidados e espectadores com chapéus country, o que dificultou o trabalho de quem tentava registrar as apresentações. Diante da confusão, optei por me afastar e preservar o foco na cobertura.
Maiara e Maraisa se apresenta no FIB 2024 ─ Foto: Will Assunção/WA
Na madrugada gelada que antecedia o terceiro dia, surgiu no ambiente de imprensa Danrlei Orrico (O Kanalha), que antecipou que aquela noite seria “a vitória do pagode baiano”. Em seguida, ele subiu ao palco Arena da Música e, em meio à performance, comentou repercussões de declarações sobre Preta Gil.
O grupo de pagode Menos é Mais se apresenta edição de 2024 do FIB ─ Foto: Will Assunção/WA
Com céu quase limpo e lua inspiradora, Seu Jorge encerrou o festival no domingo. O show começou com “Mina do Condomínio” e seguiu com sucessos como “Chega no Suingue”, “Carolina”, “Tu Queria”, “Pessoal Particular” e “Amiga da Minha Mulher”, além das participações de Magary Lord e Peu Meurray.
O Kanalha se apresenta na Arena Música, no FIB 2024 ─ Foto: Will Assunção/WA
Seu Jorge se apresenta no aniversário de 18 anos do FIB ─ Foto: Will Assunção/WA
Quando começou “Quem Não Quer Sou Eu” — sucesso recente nas redes —, a atmosfera tornou-se íntima, mesmo em meio à grandiosidade do evento. Para encerrar, “Burguesinha” elevou o público e fechou o FIB 2024 com um momento de celebração coletiva — coroando a maioridade do festival com vibração, memória e intensidade.
Seu Jorge se apresenta no aniversário de 18 anos do FIB ─ Foto: Will Assunção/WA





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