Volume do rio das Contas atinge nível histórico; apesar dos alagamentos, não há registro de vítimas
Barragem se rompe em Jussiape, na Chapada Diamantina, na Bahia ─ Foto: Will Assunção/WAA Barragem Duas Ilhas, em Jussiape, na Chapada Diamantina, Bahia, rompeu no início da manhã deste domingo (26) depois de um volume de chuvas muito acima do previsto. Diversos pontos do rio das Contas transbordaram e causaram alagamentos, no entanto, segundo apuração do WA, não houve registro de vítimas.
Casas localizadas às margens do rio ficaram inundadas logo após o rompimento. O volume do rio de Contas, em Jussiape, alcançou um recorde histórico provocado pelas chuvas intensas que atingem a região. A água chegou próxima à parte mais alta da principal ponte que corta o rio na cidade.
Moradores relataram que, logo nas primeiras horas do dia, já era possível perceber sinais de que a barragem cederia. “Um bloco foi arremessado da barragem pela força da água; depois um volume veio com toda a força”, contou um morador ao WA.
Na Rua J. J. Seabra, a água invadiu casas e atingiu veículos. Moradores informaram que uma idosa precisou ser retirada de sua residência e que um mutirão se formou para salvar móveis e escoar a água acumulada. Uma caçamba foi utilizada para auxiliar os trabalhos de apoio.
Desde a sexta-feira (24), Jussiape e outros municípios da Chapada Diamantina registram chuvas intensas. Neste domingo, o tempo deu uma trégua, mas as consequências do rompimento da barragem ainda estão sendo avaliadas. A expectativa é de que o evento cause prejuízos significativos à economia local.
A Barragem Duas Ilhas é responsável pelo abastecimento doméstico de água em Jussiape. As autoridades e os órgãos de gestão de desastres do Estado foram informados, e uma mobilização foi organizada para conduzir evacuações, caso fosse necessário.
Além de sua função estratégica, a barragem é considerada um dos principais cartões-postais da cidade e um símbolo da história local. O rompimento da Barragem Duas Ilhas serve de alerta às autoridades sobre a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e prevenção diante do aumento de eventos climáticos extremos na região.