‘Seven Nation Army’, de White Stripes, virou hino da Copa e resgatou minha adolescência




Pub em Salvador nos anos 2000 ─ Foto: Will Assunção/WA

Esqueça o antigo hino da FIFA – música de autoria de Franz Lambert e Pit Loew ─ banido dos estádios, que embalou a entrada das seleções em campo desde a Copa de 1994. Agora, substituído, neste Mundial de 2018 na Rússia, por “Seven Nation Army” ─ clássico indie da dupla White Stripes, lançado em 2003, que se tornou toque do meu celular por um tempo indefinido.

Para quem não sabe, White Stripes foi uma dupla formada por Jack White, na guitarra, e Meg White, na bateria, com um rock alternativo e muito atrativo aos jovens nos anos 2000 ─ como eu ─ que curtiam um som diferente. Mas o curioso é que a dupla não possuía baixista, o que, na maior parte das situações, pode não ser uma boa ideia.

“É que o baixo é uma espécie de cola que une a percussão ao resto. Sem ele, fica um vazio incômodo no som – a ausência do grave é algo que se sente, não que se ouve”, explica Bruno Vaiano, colunista da Super, que escreveu sobre o tema no site da revista. Some o baque no peito da música ao vivo, saca?

De qualquer forma, o White Stripes foi uma escolha bem mais jovial, cheia de sintetizadores anacrônicos, o que pegou bem para a Copa deste ano. A escolha da FIFA tem um motivo que foi dado à Folha após questionar a entidade: “a FIFA está extremamente satisfeita com a recepção do público e continuará atrás de iniciativas que ofereçam uma atmosfera mais festiva em estádios da Copa”.

O pomposo hino da FIFA foi trocado pela canção da dupla por “proporcionar mais diversão e entretenimento”, fincou a FIFA.